A pandemia de Covid-19 originou uma crise de proporções extraordinárias, com graves impactos na saúde pública global, exigindo ações em tempo recorde. Assim, estruturas para preservação de materiais biológicos, denominadas amplamente como Biobancos, tornam-se fundamentais, já que possibilitam a concepção e condução de pesquisas e ensaios clínicos relacionados à Covid-19, independentemente da localização geográfica dos espécimes biológicos.
Na vanguarda da emergência sanitária, os biobancos desempenham um papel fundamental na compreensão da Covid-19, contribuindo com a coleta, o processamento, o armazenamento e a análise de amostras clínicas e dados associados dos indivíduos infectados pelo coronavírus SARS-CoV-2. No decorrer da atual pandemia, os materiais biológicos e dados armazenados nos biobancos permitem aos pesquisadores desenvolver estratégias baseadas em evidências, projetar protocolos de tratamento e fazer previsões baseadas na medicina de precisão.
Neste contexto, o Biobanco Covid-19 da Fiocruz (BC19-Fiocruz) foi estruturado com o objetivo de centralizar o armazenamento de material biológico humano e não-humano (vírus) relacionadas à Covid-19.
Seguindo os padrões de qualidade, biossegurança e bioproteção preconizados internacionalmente, o BC19-Fiocruz foi concebido à luz da norma ABNT NBR ISO 20387:2020 que especifica os requisitos gerais internacionais para toda e qualquer atividade de biobancos.